Andy Murray: primeiro bicampeão olímpico dos Jogos

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Por Raphael Favilla  •  15 de Agosto de 2016

Campeão em simples na Olimpíada de Londres 2012, Andy Murray conseguiu neste domingo o que nenhum homem ou mulher jamais havia feito na história do tênis individual: tornar-se bicampeão dos Jogos. O britânico colocou sua segunda medalha de ouro no peito ao vencer uma batalha de 4h02 contra Juan Martin Del Potro, com parciais de 7/5, 4/6, 6/2 e 7/5. Ao fim da partida, ambos os atletas foram às lágrimas

Além dos dois ouros olímpicos, obtidos nos torneios individuais em Londres e no Rio de Janeiro, Murray ainda tem uma prata nas duplas mistas ao lado de Laura Robson há quatro anos. Já Del Potro fica com duas medalhas, já que foi bronze em Londres 2012.

Este é o 39º título da carreira de Murray, sendo o quarto na temporada. Ele ainda acumula uma invencibilidade de 18 partidas, já que venceu os últimos três torneios que disputou: o ATP 500 de Queen's, Wimbledon e os Jogos Olímpicos. O atual número 2 do mundo venceu 29 dos últimos trinta jogos que disputou, perdendo apenas a final de Roland Garros.

Apesar da derrota, Del Potro teve um campeonato impressionante no Rio de Janeiro e saiu ovacionado pelos hermanos. Depois de quatro cirurgias nos punhos, ele chegou a pensar em abandonar a carreira no ano passado. Despencou para o número 141 do ranking mundial e precisou de um convite para disputar a Olimpíada. Surpreendendo, ele bateu Novak Djokovic, número 1 do mundo, logo na estreia. Depois, ultrapassou um por um até vencer o espanhol Rafael Nadal nas semifinais em outra batalha de 3h.

Bronze fica com o japonês Nishikori

Rumo aos Jogos Olímpicos de Tóquio, dentro de quatro anos, Kei Nishikori deu a primeira medalha ao tênis japonês em quase um século ao superar com dramacidade o espanhol Rafael Nadal na decisão do bronze do Rio, ao anotar o placar de 6/2, 6/7 (1-7) e 6/3. O cabeça 7 teve o jogo na mão no segundo set, mas se enrolou todo e precisou lutar muito para fechar o duelo.

A última vez que um japonês subiu ao pódio olímpico foi nos Jogos de 1920, quando Ichiya Kumagai conquistou prata em simples e duplas, ao lado de Seichiro Kashio. Nadal por sua vez tentava a terceira medalha da carreira, depois de ter faturado o ouro de simples em Pequim e o de duplas no Rio na sexta-feira.

Dupla russa leva o ouro 

A medalha de ouro nas duplas femininas nos Jogos Olímpicos do Rio ficou com Elena Vesnina e Ekaterina Makarova. As russas, que já têm mais de cem vitórias juntas, venceram a final contra a parceria suíça de Martina Hingis e Timea Bacsinszky por duplo 6/4. Lembrando que o bronze já havia conqusitado no último sábado pelas tchecas Lucie Safarova e Barbora Strycova.

Este é o terceiro ouro olímpico para o tênis russo, que já comemorou as conquistas de Yevgeny Kafelnikov em 2000 e de Elena Dementieva em 2008. O país é o segundo maior vencedor atrás dos Estados Unidos, que tem 13 e já assegurou mais um ouro nas duplas mistas, e acumula oito medalhas olímpicas no tênis.

Compatriotas frustram sonho de quinto ouro olímpico de Venus Williams

Aos 36 anos, Venus Williams entrou para a história do tênis. Apesar da derrota na final das duplas mistas ao lado de Rajeev Ram, a irmã mais velha de Serena ficou com a prata e chegou a quinta medalha em Olimpíada, sendo quatro de ouro, e tornou-se a mais vencedora atleta da modalidade em Jogos Olímpicos. O revés na quadra central da Rio 2016 veio sobre outra dupla dos Estados Unidos, Bethanie Mattek-Sand e Jack Sock, por 2 sets a 1, parciais de 7/6, 1/6 e 7/10 no super tie-break.

Antes da Rio 2016, Venus já havia subido ao lugar mais alto do pódio em Sydney 2000, em Pequim 2008 e em Londres 2012. Na Austrália, foi campeã na chave de simples e também nas duplas femininas. Na China, repetiu a dose ao lado da irmã e na Inglaterra obteve outro feito com Serena. Agora, "estreou" no pódio das duplas mistas justamente na edição que marca possivelmente sua despedida olímpica, já que estará com 40 anos em Tóquio 2020.

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