Beatriz Haddad Maia começou a temporada asiática com tudo. Na manhã deste domingo, a tenista foi campeã do WTA 500 de Seul, na Coreia do Sul, e conquistou o seu quarto título de WTA na carreira ao superar a russa Daria Kasatkina de virada, com parciais de 1/6 6/4 6/1 e 1h50 de jogo.
"Estou muito feliz com o meu trabalho nesta semana. Passei por situações e adversidades diferentes e consegui conduzir muito bem. Hoje eu não entrei como gostaria, estava errando bastante, mas busquei ficar calma e tinha a estratégia muito clara. A Kasatkina é uma jogadora muito competitiva, ela é muito constante durante todo o ano e eu sabia que seria um jogo duro, nós já tivemos outros encontros. O importante hoje foi ficar no presente, jogar ponto a ponto e saber que, no tênis, as coisas nem sempre começam do jeito que a gente quer. Tem que ter calma, o jogo é longo, e foi isso o que aconteceu hoje", disse Bia.
Este é o quarto título de Bia no circuito da WTA, tendo sido campeã nos WTA 250 de Nottingham e Birmingham em 2022 e também no WTA Elite Trophy em 2023. A conquista em Seul garante mais posições no ranking da brasileira, que passará a ser a 12ª do mundo na próxima atualização.
"Muito feliz com meu trabalho e do meu time, terminei jogando um tênis excelente. Me sinto motivada e cada vez mais forte, fazendo coisas boas e trabalhando bem. Trabalhei muito duro com o meu time o ano inteiro e agora estamos começando a colher os frutos. Não controlamos o tempo das coisas, é importante confiar muito no processo", seguiu a tenista.
O próximo destino de Bia será a China, onde disputará os WTA 1000 de Pequim e Wuhan em sequência. "Me sinto pronta para coisas maiores e para o meu próximo objetivo", finalizou.
Brasileira sonha com o Finals
Bia ganhou sete lugares na corrida com o título e agora é a 17ª melhor no ano, com menos de 50 pontos a separando da atual 14ª, a ucraniana Marta Kostyuk. Sua diferença para a oitava colocada, atualmente a norte-americana Danielle Collins, é de 862 pontos, que pode tranquilamente ser tirada durante o resto da temporada asiática.
Boa parte dessa distância, ou até toda ela, pode ser descontada no WTA 1000 de Pequim, que começa na quarta-feira e vai até o dia 6 de outubro. Além disso, Bia vai disputar outro WTA 1000, em Wuhan, e mais dois WTA 500 (Ningbo e Tóquio), podendo assim se colocar tranquilamente entre as oito melhores se conseguir grandes campanhas.
Contudo, terminar o ano entre as oito primeiras pode não ser o suficiente, uma vez que a tcheca Barbora Krejcikova, campeã de Wimbledon, também não está nesta faixa na corrida. Por ter vencido um Grand Slam em 2024, ela leva uma das vagas no Finals mesmo se ficar de fora do top 8, desde que termine a temporada no top 20, algo que está fazendo no momento com a 11ª colocação.
Mirando então a sétima posição, para garantir a vaga no Finals, a canhota paulista teria que somar um pouco mais de pontos. Se sua distância para Collins (8ª) é de 862 pontos, para a sétima colocada, a também norte-americana Emma Navarro é de 1.252 pontos.
Corrida para o Finals
1. Iga Swiatek – 8285 pontos
2. Aryna Sabalenka – 7876
3. Elena Rybakina – 4981
4. Jasmine Paolini – 4865
5. Jessica Pegula – 4466
6. Coco Gauff – 3968
7. Emma Navarro – 3568
8. Danielle Collins – 3178
9. Qinwen Zheng – 3070
10. Daria Kasatkina – 2763
11. Barbora Krejcikova – 2686
12. Jeļena Ostapenko – 2590
13. Anna Kalinskaya – 2461
14. Marta Kostyuk – 2375
15. Diana Shnaider – 2350
16. Paula Badosa – 2325
17. Beatriz Haddad Maia – 2316
18. Donna Vekic – 2148
19. Victoria Azarenka – 2127
20. Madison Keys – 1996