Djokovic desiste do Masters 1000 de Paris e pode ficar fora do top-10

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Por Nittenis News  •  25 de Outubro de 2024

Atual campeão do Masters 1000 de Paris, o sérvio Novak Djokovic anunciou que não disputará a competição em 2024. Isso significa que, ao fim do torneio, Nole, que hoje ocupa a posição de número quatro do mundo, deverá cair para a posição de número oito.

Essa colocação ainda o garantiria no ATP Finals, onde também é o atual campeão. Apesar disso, sua participação no torneio está em risco, conforme ele mesmo revelou ao jornal sérvio Sport Klub. Sendo assim, caso não participe do torneio, ele pode perder até 1300 pontos no ranking e terminar a temporada na décima segunda colocação da ATP.

Além disso, essa desistência terá outro impacto importante na carreira de Djokovic: sua classificação para o Australian Open. Caso termine o ano em uma posição mais baixa no ranking, ele provavelmente não será um cabeça de chave alto, podendo, por isso, cruzar com Alcaraz ou Sinner já na quarta rodada do torneio.

Por que Djokovic está abrindo mão de torneios importantes?

Aos 37 anos de idade, Djoko não é mais nenhum menino, e, tendo se recuperado de uma cirurgia no joelho em 2024, é natural que ele escolha melhor seus torneios. Além disso, vindo de uma série de três derrotas em quatro jogos para Jannik Sinner e um pouco desmotivado com as aposentadorias de Nadal e Federer, Nole começa a olhar para a reta final de sua carreira.

Ele (Nadal) tem sido meu maior rival, e a minha rivalidade com ele impactou a minha carreira mais do que qualquer outra, de longe. Sabíamos que esse momento estava chegando, mais cedo ou mais tarde, mas, ainda assim, é um choque. Quando aconteceu oficialmente com Roger, alguns anos atrás, quando ele anunciou a aposentadoria, e também com Andy este ano. Para ser honesto, é algo avassalador para mim. Não sei muito bem como lidar com isso. Ainda gosto de competir, mas uma parte de mim se foi com eles. Uma grande parte de mim. É uma notícia difícil para o mundo do tênis, para o mundo dos esportes", disse Djokovic em Shanghai.

Até quando Djokovic vai jogar?

Outro ponto importante a ser analisado é que, hoje, o sérvio está empatado com Margaret Court como o maior vencedor da história do tênis, com 24 títulos de Grand Slam. Sendo assim, imagina-se que ele deva dar mais foco aos Slams em busca do recorde isolado de maior vencedor. Algo parecido com o que fez nas Olimpíadas, quando, semanas depois de ser atropelado por Carlos Alcaraz na final de Wimbledon, derrotou o espanhol por dois sets a zero para conquistar seu primeiro ouro olímpico.

É importante ressaltar também que Djokovic já disse que só pretende ficar no circuito enquanto conseguir competir com a nova geração. A última derrota para Sinner, em que não conseguiu nenhuma quebra contra o italiano, coloca, no mínimo, uma interrogação na cabeça dos fãs de tênis ao redor do mundo. Apesar disso, em uma entrevista recente ao jornal argentino La Nación, Nole afirmou que ainda sente que pode ganhar mais Slams e que, além de jogar pela Sérvia, é isso que o motiva.

"No fundo, ainda sinto que posso ganhar mais alguns Grand Slams. É isso que me motiva a competir, a sentir que ainda posso conquistar, e a jogar a Copa Davis pela Sérvia. Eu amo jogar pela Sérvia. O tênis ainda é minha maior plataforma para compartilhar as mensagens com as quais me importo, seja relacionado ao tênis, à sociedade ou aos negócios. Ainda sinto que gosto do processo, e isso me traz todos esses benefícios, então por que não? Algumas pessoas acham que eu deveria sair do tênis no auge: 'Você ganhou o ouro, conquistou tudo, dê adeus.' Algumas pessoas acham que eu deveria continuar enquanto eu sentir que posso ser o favorito em um Grand Slam. Eu penso mais como eles. Talvez eu mude de ideia. Não sei", disse Nole.


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