Neste sábado, Barbora Krejcikova celebrou uma impressionante virada ao conquistar seu segundo título de Grand Slam em Wimbledon. Aos 28 anos, a tcheca, que ocupa a 32ª posição no ranking mundial, venceu a italiana Jasmine Paolini, que está em sétimo lugar, com parciais de 6/2, 2/6 e 6/4, em uma partida que durou 1h57. Krejcikova, ex-número 2 do mundo, havia conquistado seu primeiro Grand Slam há três anos, em Roland Garros.
Krejcikova agora se une a um grupo seleto de jogadoras tchecas que triunfaram em Wimbledon, incluindo sua mentora Jana Novotna, que venceu em 1998. Outras campeãs incluem Petra Kvitova, que levou o título em 2011 e 2014, e Marketa Vondrousova, campeã no ano anterior. Os títulos de Martina Navratilova, nove ao total, foram atribuídos aos Estados Unidos após ela mudar de nacionalidade.
Após um início de temporada desafiador, marcado por uma lesão nas costas que a deixou sem vitórias de fevereiro a junho, Krejcikova encontrou seu ritmo na grama. Ela teve uma boa performance até as quartas de final em Birmingham, o que impulsionou sua jornada em Wimbledon. Durante o torneio, ela eliminou favoritas como Danielle Collins, Jelena Ostapenko e a campeã de 2022, Elena Rybakina, culminando na vitória sobre Paolini. Sua estreia foi marcante, vencendo Veronika Kudermetova em uma batalha de 3h14, e também superou desafios contra Katie Volynets e Jessica Bouzas na primeira semana.
Durante a cerimônia de premiação, Krejcikova compartilhou sua incredulidade e alegria. "É o melhor dia da minha vida", disse ela, recebendo aplausos de Navratilova e outras campeãs presentes. "Duas semanas atrás, tive uma estreia muito difícil. Não estava em boa forma este ano devido a uma lesão e um começo de temporada ruim. É incrível estar aqui com o troféu. Como isso aconteceu?"
Krejcikova, que agora soma oito títulos e cinco vice-campeonatos em simples, também é reconhecida por suas conquistas nas duplas, incluindo sete Grand Slams, dois deles em Wimbledon, além de um título no Finals e uma medalha de ouro olímpica com Katerina Siniakova. Com a vitória, ela ganha 2 mil pontos no ranking e retorna ao top 10 da WTA, além de receber uma premiação de 2,7 milhões de libras esterlinas.
Paolini, por sua vez, disputou sua segunda final consecutiva de Grand Slam, tendo sido vice-campeã em Roland Garros, onde foi superada pela número 1 do mundo, Iga Swiatek. A italiana buscava emular as conquistas de Francesca Schiavone em Roland Garros em 2010 e Flavia Pennetta no US Open em 2015. Com a final, ela ganha 1.300 pontos e ascende da sétima para a quinta posição no ranking, a melhor de sua carreira, e recebe um prêmio de 1,4 milhão de libras esterlinas.
O jogo começou favorável a Krejcikova, que quebrou o saque de Paolini logo no início e dominou o primeiro set sem enfrentar break-points, cedendo apenas quatro pontos em seus games de serviço e fechando a parcial com mais uma quebra. No entanto, Paolini voltou melhor após o intervalo, conseguindo sua primeira quebra e ganhando confiança, o que a levou a vencer o segundo set. No decisivo terceiro set, Krejcikova recuperou seu ritmo de serviço e, apesar de algumas dificuldades, conseguiu uma quebra crucial no sétimo game. Salvando dois break-points enquanto sacava para o jogo, ela precisou de três match-points para finalmente selar sua vitória e levantar o troféu.
Foto: Joel Marklund/AELTC