A temporada de saibro da WTA começou neste domingo, dia 3 de abril, com os torneios de Charleston e Bogotá. A gira europeia e norte-americana na terra batida é muito aguardada pelos fãs de tênis, pois oferece aos jogadores e jogadoras uma preparação ideal para o Grand Slam de Roland Garros.
Esta temporada promete muita emoção e oportunidades para as jogadoras brasileiras. É hora de acompanhar de perto as disputas e torcer por nossas representantes nas quadras de saibro pelo mundo.
Entre os torneios mais importantes estão o de Stuttgart, o único torneio de saibro indoor da temporada, o de Madrid, que oferece condições rápidas devido à sua altitude considerável, e o de Roma, considerado o mais próximo das condições de Roland Garros. Além disso, há também os torneios 125, que são uma ótima oportunidade para as jogadoras abaixo do top 50 ganharem adaptação, ritmo e pontos.
Para o Brasil, o piso de saibro é bastante favorável, e há boas expectativas para Beatriz Haddad Maia, Luísa Stefani e Laura Pigossi. Bia, que teve sua arrancada até o top 15 iniciada no saibro francês no ano passado, terá uma boa chance de crescer no piso, mas terá que somar mais de 1230 pontos para alcançar a sonhada vaga no top 10.
Principal nome do país na WTA, a paulista se manteve como a atual número 1 do Brasil em simples e nas duplas. No ranking desta segunda-feira, ela seguiu como a 14ª do mundo na lista individual e ganhou um lugar nas duplas, voltando ao top 20 exatamente o 20º posto.
A partir do dia 17 de abril, Bia disputa o WTA 500 alemão de Stuttgart, na Alemanha, e na sequência os WTA 1000 de Madri, Roma e Roland Garros. Serão ao todo 4370 pontos (2000 de Paris, 1000 de Madri, 900 de Roma e 470 de Stuttgart) e apenas a defesa de 345 nesse período (título e vice de torneios WTA 125 antes de Roland Garros, primeira rodada de Madri com uma vitória no quali e segunda de Roland Garros).
Luísa Stefani, por sua vez, teve um bom começo de temporada de saibro em 2022, sendo campeã de um torneio 125 ao lado de Ingrid Martins. Já Laura Pigossi, que treina na Espanha há seis anos, tem uma alta concentração de pontos no saibro e precisa buscar novos bons resultados no piso.
Finalista da edição passada do WTA 250 de Bogotá, Pigossi estreou nesta segunda (03) na competição colombiana confirmando o favoritismo no duelo contra a convidada local Antonia Samudio, jogadora de 21 anos e que aparece atualmente apenas no 1077º lugar no ranking de simples da WTA. A brasileira precisou de apenas 1h03 para marcar 6/1 e 6/0.
Atual 101ª do mundo, Pigossi é a sexta cabeça de chave em Bogotá. Ela já garante a defesa de 30 dos 198 pontos que terá descontados na próxima segunda-feira. Ainda assim, a paulista de 28 anos e número 2 do Brasil vai se mantendo entre as 140 melhores do mundo. Se ela chegar às quartas, fará 60 pontos e ficará entre as 130.
Carol Meligeni e Ingrid Martins também devem atuar em parte desses torneios, alternando com ITFs de acordo com o ranking. Carol está em busca do quali de Roland Garros, enquanto Ingrid foca em duplas para tentar alcançar o ranking que permita jogar o slam.
O que os torneios reservam:
Charleston: único torneio de 'saibro verde' do calendário.
Atual campeã: Belinda Bencic.
Bogotá: maior altitude do circuito, 2.800m.
Atual campeã: Tatjana Maria.
Sturtgart: único torneio de saibro indoor da temporada.
Atual campeã: Iga Swiatek
Madrid: condições rápidas pela altitude considerável - embora bem menor que Bogotá, 650m.
Atual campeã: Ons Jabeur
Roma: Considerado o mais próximo das condições de Roland Garros. Apesar de ser 1000, vale só 900 pontos por não ser obrigatório.
Atual campeã: Iga Swiatek.
Rabat: desde 2016, suas campeãs chegaram às oitavas 3x em RG. 2019, sua vice Johanna Konta fez semi.
Atual campeã: Martina Trevisan (primeiro título WTA)
Estrasburgo: em 2021, Barbora Krejcikova o conquistou antes de ganhar simples e duplas em RG.
Atual campeã: Angelique Kerber.