Calderano faz história mais uma vez

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Por Raphael Favilla  •  24 de Abril de 2019

O dia 24 de abril foi mais um que o brasileiro Hugo Calderano escreveu uma bela página na história do tênis de mesa nacional. Nesta quarta-feira, ele derrotou o indiano Sathiyan Gnanasekaran, por 4 a 0 (11/6, 11/3, 11/9 e 11/9), no Expohung, em Budapeste, na Hungria, conquistando pela primeira vez a classificação para a fase de oitavas de final do Campeonato Mundial de Tênis de Mesa. Mais do que isso, é a melhor participação de um brasileiro em Mundiais. E terá um grande duelo na próxima fase: enfrentará o campeão mundial e olímpico Ma Long, da China, nesta quinta-feira, às 7h (de Brasília).

Hugo Calderano chega nas oitavas de final, assim como fizeram duas lendas do tênis de mesa brasileiro: Ubiraci Rodrigues da Costa, o Biriba, e Cláudio Kano. Biriba chegou nas oitavas no Mundial de 1961, em Pequim, na China. Kano alcançou a mesma fase no torneio em Nova Déli, na Índia, em 1987. Foram as melhores participações brasileiras até então.

Calderano iniciou a partida desta quarta-feira de forma arrasadora. Agressivo e forçando o erro do adversário, chegou a abrir 7 a 1 no placar, fechando o primeiro set em 11 a 6. O panorama se modificou pouco na segunda parcial, com Calderano buscando a definição e Gnanasekaran ainda errando muito.

No terceiro set, Gnanasekaran reagiu e começou a dificultar o jogo do brasileiro. No final da parcial, Calderano voltou ser letal em seus golpes e fechou mais uma vez, em 11 a 9. O indiano não desistiu, ainda tentou no quarto set, mas o brasileiro não deu oportunidades ao adversário.

“Eu vim crescendo no campeonato, isso é muito importante, principalmente em Campeonatos Mundiais. Me sinto muito bem em chegar nas oitavas de um Mundial, que já é um feito muito grande para o Brasil. Já enfrentei o Ma Long algumas vezes, foi bem difícil, mas acho que já evoluí bastante. Ele tem um jogo muito completo, é bom em tudo. Tenho que jogar muito concentrado, sem pensar que estou enfrentando o Ma Long”, projeta Calderano, sobre o jogo que pode colocá-lo isoladamente no patamar mais alto do tênis de mesa brasileiro em todos os tempos.


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