O confronto entre Brasil e Bélgica em Uberlândia tinha tudo para terminar com um final feliz, mas a teoria não se concretizou. Tristeza, decepção e frustração foram os sentimentos mais comuns na Arena Sabiazinho ao final dos jogos.

No primeiro dia, Thiago Monteiro fez um jogo quase perfeito, muito sólido e consistente, não deu nenhuma chance para o belga De Greef. Já no segundo jogo do dia, Rogerinho não encontrou o meio termo ideal, bolas muito retas para fora, com outras de muito spin e curtas, com isso o belga Coppejans empatou o confronto na sexta feira.

No segundo e último dia, a dupla brasileira era totalmente favorita, inclusive para o capitão belga, mas na quadra o jogo acabou escapando. “Ficou tudo muito rápido, nivelado por baixo” como definiu Bruno. Em seguida Thiago tinha a obrigação de vencer para igualar o confronto, mas Coppejans jogou mais uma vez muito bem, com confiança, sempre buscando os pontos e sacando muito quando estava atrás, fechando assim o confronto em 3x1 para a Bélgica.

Acredito que essa vitória em casa contra a Bélgica, mesma desfalcada, faria um bem enorme para o tênis brasileiro em todos os sentidos, tranquilidade para trabalhar, confiança para os jogadores, além do sentimento de estar presente na primeira edição da Davis Cup Final em Madri. Como nada disso vai acontecer, o momento é de reflexão e avaliação de tudo que foi feito e o que pode ser mudado. Em uma derrota, sempre buscam os culpados, eu prefiro buscar caminhos, exatamente como se faz dentro de uma quadra de tênis, entender o que acabou de acontecer e trabalhar para não se repetir os mesmos erros.