Novak Djokovic continua a empilhar troféus. Acostumado a trilhar recordes e escrever capítulos históricos no tênis, o sérvio atingiu uma nova marca ao conquistar neste domingo seu sétimo título do ATP Finals, tornando-se o maior vencedor da história do torneio. O número 1 do mundo conseguiu uma revanche contra o atleta da casa italiano Jannik Sinner, quarto no ranking, ao vencer por duplo 6/3 em uma partida que durou 1h42.

Djokovic, aos 36 anos, é o primeiro jogador a conquistar sete títulos do ATP Finals, superando as seis vitórias de Roger Federer. Ele também retribuiu a derrota sofrida para Sinner na fase de grupos em Turim na última terça-feira. O histórico entre eles agora registra quatro vitórias para Djokovic e uma para o italiano. Esta vitória representa o 98º título de ATP em 138 finais disputadas pelo sérvio.

O sérvio, recordista de títulos de Grand Slam com 24 conquistas, começará sua semana de número 400 na liderança do ranking. Com 55 vitórias em 2023 e apenas seis derrotas, Djokovic foi campeão em Adelaide, Australian Open, Roland Garros, Cincinnati, US Open e Paris nesta temporada. Sua vantagem sobre o segundo colocado, Carlos Alcaraz, no ranking é de 2.390 pontos.

O ano ainda não terminou para Djokovic, pois foi convocado para defender a Sérvia na fase final da Copa Davis em Málaga, na Espanha. Os sérvios enfrentarão a Grã-Bretanha nas quartas na próxima quinta-feira, com as semifinais marcadas para sábado e a final no domingo. O país venceu a competição pela última vez em 2010, com Djokovic no time na final contra a França.

Jannik Sinner, o vice-campeão, encerra a melhor temporada de sua carreira com um registro impressionante de 61 vitórias e 15 derrotas. Ele conquistou seu primeiro título de Masters 1000 no Canadá e também venceu torneios em Montpellier, Pequim e Viena. Este foi o primeiro ano em que o italiano se classificou para o ATP Finals, embora já tenha atuado como reserva de Matteo Berrettini há duas temporadas.

Na revanche após o confronto na fase de grupos, Djokovic não precisou de muitos games para se adaptar ao ritmo de jogo e ao saque de Sinner nas rápidas condições de Turim. Eficiente nas devoluções e nos ralis de fundo, o sérvio quebrou cedo e abriu 3/1 no primeiro set. Com um desempenho impressionante no saque, Djokovic não deu chances de recuperação ao jovem italiano até o final da parcial, vencendo por 6/3.

No segundo set, Djokovic iniciou com força total, vencendo os primeiros dez pontos e saindo na frente com 2/0. Apesar de Sinner resistir a três break-points no terceiro game, Djokovic, ao liderar por 3/2, reverteu uma situação de 15-40 com uma série de excelentes saques. Ele continuou pressionando nas devoluções, forçando um game longo no saque do italiano.

Sinner sobreviveu a um game de 16 minutos para se manter na partida, tentando variações e buscando mais bolas paralelas. Apesar de uma disputa mais equilibrada nos pontos, Djokovic ainda prevalecia nos momentos cruciais, especialmente devido aos erros de Sinner. O sérvio fez 5/3 e novamente foi incisivo nas devoluções para alcançar o match-point e fechar a partida em sets diretos.

Djokovic liderou as estatísticas de winners contra Sinner por 20 a 19. Com um desempenho excepcional no saque, disparou 13 aces e não enfrentou quebras, resistindo a apenas dois break-points. Sinner, por sua vez, disparou oito aces e cometeu uma dupla falta, justamente no match-point, permitindo três quebras a Djokovic.

Foto: Corinne Dubreuil/ATP