Do universitário ao profissional: carioca trilha os passos de ídolos

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Por David Mijalchik  •  16 de Julho de 2019

John McEnroe, James Blake e John Isner são alguns dos vários tenistas que disputaram o circuito universitário nos Estados Unidos e tiveram sucesso como profissionais. Agora, quem quer trilhar os mesmos passos é a carioca Ingrid Martins, que concedeu entrevista exclusiva à Nittenis.

Foram quatro anos dividindo o foco entre a rotina de estudos e os treinamentos na University of South Carolina, onde cursou tecnologia da informação com bolsa integral. Durante as férias, ela aproveitava para disputar torneios profissionais pelos EUA. E desde maio, quando se formou, a jovem de 22 anos se dedica exclusivamente à carreira como atleta.

Os bons resultados já começaram a aparecer: nas últimas três semanas disputando torneios ITF W15, no México, dois títulos para Ingrid. Um de duplas e outro de simples. O primeiro individual na carreira da tenista.

- Foi uma emoção muito grande. No título de simples, joguei dois jogos de mais de 3h e um de mais de 4h. Dá um gostinho a mais – conta em entrevista à Nittenis.

Desde os primeiros anos como juvenil, Ingrid era destaque no cenário nacional. Conquistou os principais títulos do país e liderou o ranking brasileiro em diversas oportunidades. Com 17 anos, encarou os primeiros torneios profissionais, mas o alto custo fez a carreira da jovem tomar outro rumo. A carioca foi para os Estados Unidos estudar e disputar o circuito universitário.

- Meu pai que veio com a ideia. Fiquei brava na hora, queria continuar no profissional. Depois, comecei a pesquisar e vi que ele estava certo. Era a melhor decisão para mim no momento – explica.

No início, tudo era novidade. Pela primeira vez ela moraria longe da família, sem conhecer ninguém e sequer dominar o idioma. O começo difícil fez Ingrid amadurecer. Os obstáculos superados a inspiraram a criar um blog, chamado “Por Onde Andei”. Nele, ela conta sobre a rotina de uma atleta universitária e tira dúvidas tanto dos tenistas que querem estudar nos Estados Unidos, quanto dos pais que querem ver os filhos numa faculdade norte-americana.

- Quando eu passava as férias no Brasil todos me perguntavam com muito interesse sobre o tênis universitário. Eu percebi que eles não tinham muita informação de como realmente é – diz Ingrid, talentosa com a raquete e com as palavras. - Eu sempre gostei de escrever e tenho o hábito de guardar meus textos no bloco de notas. Tinha salvo tudo que eu anotei desde que cheguei aos Estados Unidos. Então pensei: “Por que não publicar? ” A intenção é ajudar de alguma forma quem vier para cá – completa.

A liga universitária fez a carioca evoluir. A tenista conquistou inúmeros títulos, tanto coletivos, quanto individuais. Ingrid recebeu o prêmio de melhor jogadora de 2019 da Southeastern Conference, uma das principais conferências do tênis universitário. E mais do que isso: aprendeu coisas que nem os torneios juvenis, nem os profissionais a ensinaram.

- Aprendi a lutar por cada ponto, achar uma forma de ganhar e estar lá pelo meu time. Nenhum outro torneio te ensina isso. Caso eu não fosse (estudar nos Estados Unidos), poderia ser hoje uma tenista melhor em alguns pontos, mas não teria a cabeça que tenho, não lidaria com o tênis da mesma forma – conclui Ingrid.

Para conhecer mais sobre Ingrid Martins e a rotina de um tenista universitário, basta acessar o “Por Onde Andei” no link: http://ingridmartins.com.br/


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