Em entrevista exclusiva, Melo afasta aposentadoria

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Por Nittenis News  •  27 de Março de 2024

Aos 40 anos, Marcelo Melo faz sua 16ª participação no Masters de 1000 Miami. O mineiro foi campeão do torneio da Flórida em 2017, ao lado do polonês Lukasz Kubot. O 'Girafa' também foi semifinalista em 2015 e 2019. Na atual temporada, ele jogou as semifinais de ATP em Buenos Aires e Santiago, jogando ao lado do holandês Matwe Middelkoop.

Em entrevista exclusiva à repórter Ariana Brunello, enviada especial da Nittenis ao Miami Open, Melo falou sobre a vitória nas oitavas de final, projetou o próximo desafio e acabou revelando que não pensa em se aposentar tão cedo...

Confira!

Marcelo, que oitavas de final emocionante... Tie-break no primeiro set, o segundo set bem apertado e, no terceiro, um match tie-break de tirar o fôlego. Como é tomar 6 pontos seguidos, levar a virada e, no final, vencer a partida?

Marcelo - Realmente foi bem bacana o jogo, muitos brasileiros torcendo por nós, foi mesmo emocionante. No primeiro set a gente teve uma pequena vantagem no tie-break, 5 a 4, mas enfrentar uma dupla formada por jogadores de simples que jogam muito bem e relaxados, diferentemente da gente, duplistas que dependemos daquilo, não é tão fácil. Foi fundamental controlar as emoções, principalmente no match tie-break, e nossa experiência como duplistas prevaleceu. Estava 7 a 2 para nós, eles viraram 8 a 7, então tem que manter muito a calma e esse é o momento que a gente tem de usar a experiência a nosso favor.

No próximo jogo, pelas quartas de final, você e o Roger-Vasselin vão enfrentar a dupla Dodig/Krajicek. Por ter sido o parceiro do Dodig por tantos anos, conhecê-lo tão bem pode ser uma boa estratégia para vencer a partida?

Marcelo - Já enfrentei o Dodig como adversário algumas vezes e já temos um retrospecto. Ele sabe como eu jogo, ele sabe como eu jogo. Mas, estou muito satisfeito como tenho jogado com o Edouard (Roger-Vasselin), mesmo tendo a surpresa de ainda não ter enfrentado a dupla deles junto com o Vasselin, que é um jogador de altíssimo nível, devolve as bolas muito bem, tenho certeza que ele vai me ajudar muito, como me ajudou hoje. Todo mundo sabe como o Ben Shelton saca muito bem e o Vasselin fez excelentes devoluções hoje. Estou muito confiante para o próximo jogo.

E com o clima de Miami, que é bem o clima de Copa Davis e futebol, com a torcida vibrando muito a todo momento...

Marcelo - Sim, isso ajuda demais. Aproveito para agradecer a todos os brasileiros que estão na torcida pela gente aqui. Fico muito feliz de ver quanta gente ainda gosta de me ver jogando, inclusive muitas pessoas que ainda não tinham visto, e poder ainda jogar em alto nível. Ter esse carinho da torcida, para mim, é muito importante. Muita gente acha que eu já estou desistindo, mas isso está bem longe, estou tentando ao máximo representar não só o Brasil, mas a minha carreira. Jogos como o de hoje e com essa torcida me fazem continuar treinando, independentemente da idade, sempre buscando o melhor. Quem sabe para voltar ao topo novamente.

E quem sabe ganhar mais um título no Miami Open. Seu primeiro troféu aqui foi em 2017 com o Lukasz Kubot. E, neste ano, sua dupla é com o Vasselin, que foi campeão no ano passado...

Marcelo - Pois é... meu título já está caducando (risos)... quem sabe venha outro, vamos torcer...


Entrevista - Ariana Brunello
Vídeo/Foto - Aline Brunello


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