O atual número 8 do mundo Rafael Nadal ostenta uma marca sem igual: desde que entrou no top 10, em abril de 2005, o espanhol jamais deixou esta faixa do ranking. Mas este feito estão com os dias contados.

Fora das competições desde a eliminação na segunda rodada do Australian Open, em janeiro, o canhoto de Mallorca tem 600 pontos a defender em Indian Wells, onde foi vice-campeão na temporada passada. 

Nesta terça foi confirmada a notícia que ninguém gostaria de dar. "Desejamos que Rafa continue se recuperando e esperamos vê-lo de volta ao Masters 1000 de Indian Wells no ano que vem", disse o diretor do torneio, Tommy Haas, formalizando a desistência do espanhol do torneio que se inicia no próximo dia 8 de março.

Aos 36 anos, Rafa teve diagnosticada uma lesão de grau 2 no iliopsoas (principal flexor da articulação do quadril) da perna esquerda. Em 19 de janeiro, quando realizou exames, afirmou que o período de recuperação seria entre seis e oito semanas.

É pouco provável que Nadal volte ao circuito em Miami. O segundo Masters 1000 da temporada começa em 22 de março, mas seria o único torneio no piso duro, antes da temporada europeia em quadras de saibro. Além disso, o espanhol historicamente não consegue se sentir tão bem jogando em Miami, por conta da umidade e das condições de jogo mais lentas.

Nadal é o segundo jogador na história do ranking com mais semanas no top 10, acumulando 910 desde sua estreia em 2005. Quatro jogadores podem superá-lo na próxima lista da ATP, sendo o mais próximo deles o canadense Felix Auger-Aliassime, que tem 70 pontos de desvantagem. Logo atrás vem o dinamarquês Holger Rune, com 129 pontos de diferença para Rafa.

Também ameaçam o espanhol o polonês Hubert Hurkacz (11º) e o britânico Cameron Norrie (12º). Porém, para deixar o top 10, Nadal precisa ser ultrapassado por três destes quatro nomes e os dois últimos só conseguem se forem longe nesta semana, Hurkacz precisando pelo menos de final em Dubai e Norrie do título em Acapulco.