Pedretti faz balanço positivo da temporada e mira melhores resultados em 23

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Por Raphael Favilla  •  30 de Novembro de 2022

Mesmo com alguns percalços pelo caminho, a temporada de 2022 terminou com saldo final positivo para a paulista Thaisa Pedretti. Esta é a avaliação da própria atleta, natural de São Bernardo do Campo. A quinta melhor tenista brasileira no ranking mundial em simples acredita, porém, que o próximo ano possa ser ainda melhor em resultados.

"Foi uma temporada de superação. Acabei lesionando várias vezes. Também tive problemas sérios de saúde durante todo o ano", conta a tenista de 23 anos, jogando profissionalmente no circuito desde os 14 de idade. "Acabei jogando menos torneios do que esperava jogar. Mas no geral foi um ano bom, consegui me superar. Nos torneios que participei consegui jogar sem dor. Fiz uma gira agora de oito semanas, passando por Cancún, Colômbia e Estados Unidos, onde tive um ótimo resultado".

Na quadra rápida de Macon, ITF W60 norte-americano, Pedretti avançou três rodadas, até cair na semifinal para a húngara #88 Panna Udvardy. No jogo anterior à eliminação, Thaisa chegou a superar a argentina Nadia Podoroska, 194ª do ranking, mas que já foi número 36 do mundo, por 7/6 (7-4) e 6/4, em 2h19 de partida.

"Foi minha primeira semifinal de um W60, vencendo uma ex-top 40 no meio do caminho, que também já fez semi em Roland Garros. Foi uma ótima vitória, a maior da minha carreira até hoje. Então avalio como um ano positivo. Agora é seguir trabalhando, porque 2023 vai começar e desejo que seja diferente deste ano, só com coisas positivas pela frente", planeja e deseja Thaisa, atualmente a 484ª da WTA.

Com 6 títulos na carreira em simples, todos W15, Pedretti foi anunciada recentemente como mais um reforço da equipe da Rio Tennis Academy, inaugurada no meio do ano no bairro carioca das Laranjeiras. A academia conta ainda em seu plantel de atletas com Ingrid Martins, número três de duplas do Brasil e 108ª colocada, e a bielorrussa Iryna Shymanovich, ex-número 2 do mundo juvenil.

"No Brasil é a melhor estutura que temos atualmente. Com suas quadras rápidas e de saibro, podemos nos preparar de acordo com a próxima gira. A preparação física também é excepcional, justamente o aspecto em que eu precisava evoluir. A academia conta com aparelhos de última geração, que facilita o trabalho de todos os profissionais envolvidos. A parte de quadra com o [Leandro] Afini e o Bolha também está muito boa, me dando todo o suporte. O time está bem forte, com a Iryna e a Ingrid treinando junto também. Estamos unidas, o que pra mim é a coisa mais importante", contou.

Tanto em simples quanto na chave de duplas, Pedretti foi eliminada ainda na primeira rodada do Aberto da República, W60 disputado esta semana em sua nova casa, a Rio Tennis Academy. O torneio no Rio foi a 15ª competição de Thaisa na temporada, e também sua última no ano. Apesar do revés, o saibro carioca traz boas recordações para a jovem tenista, que também é graduada em Educação Física pela UNIP.

Foi na Cidade Maravilhosa, nas quadras do Paissandu Atlético Clube, que a brasileira levantou seu último troféu. Ela foi campeã da chave de duplas do ITF W25 do RJ, em agosto deste ano. A paulista, jogando ao lado da boliviana Noelia Zeballos, ganhou a final do torneio ao bater a dupla formada pela indiana Riya Bathia e a colombiana Marai Paulina Pérez por 2 a 0, com parciais de 6/3 e 6/1. Com este título, Pedretti chegou a 11 conquistas em duplas.

"Agora é hora de descansar, para em breve começar a pré-temporada aqui na Rio Tennis. Falei com meu treinador Afini, e a gente está pensando... ainda estamos avaliando se vamos para os Estados Unidos, no começo de janeiro, ou se vamos disputar a gira sul-americana, com dois torneios em Buenos Aires e outro na Colômbia. Viajaria com ele e a com a Iryna para estes torneios. Essa é a ideia inicial", ressaltou.

“É sempre muito importante estar jogando em casa. A CBT vem buscando fazer cada vez mais torneios no país, principalmente para puxar essa nova safra de juvenis que está vindo. Sem contar a parte financeira, você não precisar se deslocar para fora, é muito mais econômico jogar em casa, com a família, amigos e equipe por perto", contou Thaisa, em entrevista para a Confederação Brasileira de Tênis.

Fotos: Luiz Candido/LuzPress/CBT


Fotos:Luiz candido/LuzPress/CBT

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