Revista Nittenis de volta à web com força total

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Por Diego Werneck  •  01 de Julho de 2016

Fim dos anos 1990. O Brasil começava a respirar uma estabilidade econômica da qual não tínhamos lembrança, após décadas de ditadura militar e anos de hiperinflação em governos democráticos mas ineficientes. Ainda longe do país que idealizávamos, no entanto. Nos esportes, havíamos recém reconquistado o respeito de outrora ao levantar outro caneco mundial após 24 anos de seca no futebol; o vôlei continuava sendo o orgulho nacional, com títulos olímpicos e mundiais tanto no masculino quanto no feminino; e o tênis, que nunca tinha experimentado uma euforia popular por essas bandas tropicais em toda sua longa história, acabara de conhecer seu mais novo ídolo e candidato a herói: Gustavo Kuerten, então “apenas” campeão de Roland Garros, torneio que viria a se consagrar alguns anos adiante com o tricampeonato.

O tênis, aquele esporte estigmatizado como de elite que apenas ricos ou - para alguns - metidos à besta se arriscavam a praticar, passou então a frequentar mais páginas de jornais, revistas, programas de TV. E logo não demorou a figurar entre as modalidades mais requisitadas, inclusive pelas crianças e jovens, que viam naquele magrelo simpático e talentoso um espelho do que gostariam de ser. Ou ao menos de ver em ação. Guga conquistou, em poucos anos, os corações não somente de nós, brasileiros, mas dos parisienses, que o idolatram até hoje como um dos maiores tenistas que já atuaram sobre o sagrado saibro francês (carinhosamente apelidado de “rei do saibro”), de americanos, italianos, alemães, ingleses. Enfim, entrou para o hall dos grandes nomes da história do tênis mundial, ao lado dos também brasileiros multicampeões Maria Esther Bueno e Thomaz Koch. E levou o tênis brasileiro a outro patamar - uma pena não termos aproveitado plenamente o boom da Era Guga para difundir definitivamente o esporte por aqui. Mas o fato é que o nosso tênis jamais foi o mesmo após o mais famoso “manezinho da Ilha” desfilar seus implacáveis backhands mundo afora.

No início dessa fase de ouro do nosso tênis, um trabalho de formiguinha começava a ser desenvolvido na pequena e ainda pacata Niterói, a “cidade sorriso”, vizinha do Rio. Em paralelo à motivação generalizada pelo surgimento de um gênio brasileiro das raquetes, havia um gap local para os amantes do tênis: faltava uma comunicação mais efetiva dos  torneios e rankings que proliferavam pela cidade. A mala-direta, altamente usada em tempos de internet e e-mail ainda incipientes, não servia ao seu propósito ao chegar na casa dos tenistas muitas vezes após a realização dos eventos. E os rankings quase nunca estavam atualizados. Era necessário um meio de levar a informação de forma mais periódica e sistemática, e havia demanda para tal. Bastava alguém ou alguma organização se mover e estruturar o novo canal de comunicação do tênis em Nikiti. E assim surgiu a Revista Nittenis, no finzinho de 1998.

Nascida um modesto e simples boletim informativo local, a Nittenis logo foi adotada por tenistas, professores, lojistas e demais profissionais do meio. Assim, em pouco tempo, já tinha se tornado uma revista, na proposta jornalística e formato, e evoluiu até chegar ao seu atual leiaute e conteúdo editorial, cuja abrangência extrapolou as divisas domésticas e conta há algum tempo com a cobertura de torneios internacionais e atletas estrangeiros em suas páginas.

O insight e empreendedorismo do seu diretor geral, Gustavo Werneck, até hoje à frente desse árduo e recompensador trabalho de cobertura e apuração dos fatos e eventos tenísticos - estava há uma semana, aliás, em Roland Garros, acompanhando jogadores brasileiros na versão juvenil do Grand Slam francês -, somados ao talento e dedicação de muitos profissionais que nos brindam ou já brindaram com seus tempos e esforços, dentre os quais destacamos os niteroienses Domingos Venâncio, Sylvio Bastos, Daniel Perissé e Fabio Maccacchero, além dos campeoníssimos Thomaz Koch e Carlos Alberto Kirmayr, em nome dos quais homenageamos a todos os demais colaboradores, fizeram da Nittenis um dos principais veículos especializados em tênis do país, sendo fundamentais para a construção dessa história de sucesso de quase 18 anos.

Hoje, em meio ao turbilhão político e econômico sem precedentes que vivemos no país, e por outro lado às vésperas da realização da Rio 2016 - a primeira edição dos jogos olímpicos na América Latina -, chegamos em um momento crucial e, sem dúvidas, desafiador da nossa caminhada. Adentrar mais firmemente o mundo digital é, ao mesmo tempo, se desapegar das raízes e avançar rumo ao futuro que já se apresenta e pede passagem. Não sabemos exatamente como essa evolução se dará, como será a transição de suporte e outras questões tecnológicas. Mas podemos garantir a você, nosso leitor, agora também internauta, que nosso compromisso com a informação de qualidade permanecerá inabalável, e nos empenharemos a cada dia para levar o que há de mais interessante no mundo do tênis e de seus primos das raquetes: badmington, beach tennis, frescobol, pádel, squash e tênis de mesa.

E, para iniciar nossa jornada na nova plataforma, contamos com sua audiência, participação, sugestões, críticas e elogios a fim de continuarmos construindo essa trajetória de sucesso na divulgação e propagação do tênis e dos demais esportes de raquete.

Keep watching and play on!

Forte abraço,

Diego Werneck

Editor e jornalista responsável

Portal Nittenis

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