Rio Open, melhor a cada ano

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Por Sylvio Bastos  •  26 de Fevereiro de 2020

Pelo sétimo ano seguido, estive presente em todos os dias do Rio Open e, sem nenhuma dúvida, posso afirmar que essa foi a melhor edição de todas. Apesar de muita gente ainda falar da ausência de grandes nomes, a lista inicial era muito forte, considerando jogadores de saibro. Mesmo depois das desistências de Berrettini, Schwartzman e Djere, o torneio ainda manteve um bom nível.

Pela primeira vez, os três brasileiros da chave de simples, jogaram muito bem e permitiram assim que a torcida literalmente pudesse torcer de verdade por eles até a quinta feira. Nas duplas isso aconteceu até o domingo, considerando que o torneio teve nove dias com o quali, isso significa que a torcida pode torcer por brasileiros em todos os nove dias do evento, sinceramente não sei se isso já aconteceu antes. Logo no primeiro dia, dois jogos incríveis, vitória de Wild sobre Fokina e Alcaraz sobre Ramos-Vinolas, em uma sessão noturna que foi até as 4h da manhã de terça, com os dois jogos mais longos da história do Rio Open, ambos acontecendo na mesma sessão.

Algumas mudanças na estrutura do torneio, como a cobertura do Leblon Boulevard e as pulseiras de consumo, funcionaram muito bem em todo o tempo. Mas o que mais me chamou atenção foi a maturidade e tranquilidade da organização para tomar determinadas decisões, como segurar os jogos de simples nos dias de chuva, assim como liberar os ingressos no dia seguinte, além da equipe das quadras ter feito um trabalho impressionante na recuperação depois da chuva. O show dos Beatles no Boulevard também teve um timming perfeito durante a chuva. O fato de praticamente as mesmas pessoas estarem trabalhando desde a primeira edição, ajuda bastante, mas ter pessoas que são realmente do tênis, é o fator determinante para o sucesso!


Antes que eu me esqueça, o chileno Cristian Garin foi merecidamente o campeão, vencendo o italiano Gialuca Mager que veio do quali, em dois sets. Nas duplas, Granollers e Zeballos venceram Caruso e Gaio.

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