Por Daniel Perissé
A tenista paulista Luisa Stefani acabou com o vice-campeonato do WTA 1000 de Miami, ao lado da americana Hayley Carter, ao perder para as japonesas Shuko Aoyama e Ena Shibahara por 6-2 e 7-5 neste domingo, no Grandstand do Hard Rock Stadium.
A brasileira e a americana tiveram muitas dificuldades no primeiro set. Carter acabou quebrada no terceiro e sétimo games, e as japonesas, quintas cabeças-de-chave do torneio, fecharam em 32 minutos.
“Elas jogaram superinteligente no primeiro set, usando o lobby de forma muito eficaz, e usando os ângulos. Elas jogaram melhor nos 40 iguais que tivemos”, comentou a paulista.
Stefani e Carter voltaram melhor para a segunda parcial e chegaram a abrir 5 a 2, com uma quebra. No entanto, Aoyama e Shibahara mostraram porque têm vantagem no retrospecto geral e empataram em 5 a 5, para depois quebrar o saque da brasileira.
Aoyama então precisou de três match points para selar o resultado e o terceiro título da dupla em 2021 – além de Miami, elas venceram em Abu Dhabi, batendo Stefani e Carter na final, e no Yarra Valley Classic, na Austrália.
“O jogo tava lá, a gente teve chances, a gente sempre tem chances nos jogos. Tem detalhes que vão fazer a diferença conforme o jogo vai indo. É ter a confiança no que a gente tem de fazer de melhor nos jogos importantes. É melhorar o que a gente faz de melhor e o que a gente não faz bem também”, afirmou Luisa em coletiva após a partida.
As japonesas chegarão ao top 15 de duplas com o resultado de hoje. Contra Stefani e Carter, o retrospecto geral é de 4 a 1 – em 2021, elas também se enfrentaram no Australian Open, com as japonesas triunfando.
Já Carter e Stefani perderam a terceira final do ano. Além das duas para Aoyama e Shibahara, elas caíram em Adelaide. No ranking, elas subirão para o top 30 pela primeira vez, a melhor posição da carreira.
A brasileira, que tem como base a cidade de Tampa, no Oeste da Flórida, gostou do clima de Miami e reconheceu que isso a favoreceu.
Estou acostumada. A gente jogou de tudo quanto é jeito, mas prefiro sempre jogar no calor, a bola pinga mais, anda mais, o jogo é mais rápido e as condições favorecem”, explicou Luisa.
“Gosto muito da energia de Miami, muita família torcida, brasileiro, isso faz a diferença. O sentimento agora é um pouco de derrota, dolorido, mas curti dentro e fora da quadra, mas curti, jogamos em alto nível. Tem que melhorar, mas ao mesmo tempo muito feliz pelas condições em que jogamos aqui”, completou a paulista, que vai jogar agora em Charleston, também nos Estados Unidos, e de lá vai para a Polônia para defender o Brasil pela Billie Jean Cup.
Foto: James Gilbert/Miami Open