Viaje no Tênis: onde as raquetes predominam Brasil afora

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Por Diego Werneck  •  10 de Março de 2017

Por Diego Werneck, de Brasília

Capital federal e sinônimo de política para os brasileiros, Brasília também se destaca por ser um dos centros de referência e a principal cidade da região Centro-Oeste no cenário do tênis nacional. Embora não conte com torneios de primeira linha do circuito profissional da ATP (privilégio apenas, atualmente, de São Paulo e Rio de Janeiro), muitos torneios dos circuitos juvenis e seniors, inclusive etapas de sul-americanos, são realizados anualmente na cidade e crescem a cada temporada. E nesse contexto, apesar da abundância de clubes com excelentes infraestruturas em Brasília, atualmente o Clube do Exército tem sido o principal point dos tenistas brasilienses em busca de boas disputas em um local com infraestrutura e organização de primeira linha. Como dizem por aqui, top demais!

O clube conta com 13 quadras em seu complexo tenístico, sendo quatro de piso asfáltico e nove de saibro, das quais quatro cobertas. Com a ampla estrutura oferecida, mesmo tendo como foco prioritário o seu associado, consegue dispor de quadras para aulas - inclusive para treinamento de competição -, torneios internos com desafios constantes para o ranking do clube (que conta com cerca de 90 tenistas), e ainda abre suas portas para eventos externos, de outros órgãos e entidades da capital federal que procuram o clube para realizar suas competições. Muitas das quadras do clube têm arquibancada elevada e cobertura para abrigar o público, o que beneficia a visão dos jogos e não atrapalha os atletas durante as partidas, como explica o diretor de esportes, Amadeu Façanha:

- A topografia local ajudou muito. Nós temos aqui um ponto do qual se tem a visão das 13 quadras do complexo, justamente onde fica a sala do árbitro geral e com um controle muito bom. Então há condição de assistir todos os jogos, em qualquer quadra, de uma posição alta que não atrapalha o tenista, dando conforto a quem está jogando e também a quem está assistindo - destacou o dirigente.

Amadeu Façanha, diretor de esportes do Clube do Exército, em seu escritório no clube. Amadeu Façanha, diretor de esportes do Clube do Exército, em seu escritório no clube.

Façanha é diretor do Clube do Exército desde 1998, quando o trabalho de ampliação e melhoria da estrutura do complexo de tênis, do qual era responsável nos primeiros anos, foi iniciado. Anos mais tarde acumularia ainda, durante oito anos,  o cargo de dirigente de seniors da Confederação Brasileira de Tênis e, atualmente, responde pela diretoria geral de esportes do clube brasiliense. Ele credita à atual estrutura, inclusive, a escolha por Brasilia para sediar a etapa sul-americana do circuito de seniors, que vem sendo realizada no Clube do Exército desde 2014 e tem garantias da ITF de se manter até 2018. A edição desse ano acontecerá no final de junho. Além desse importante torneio, o local ainda sedia também uma das etapas do Itaú Masters Class, circuito de veteranos que conta com nomes do quilate de Thomaz Koch, Givaldo Barbosa, Ricardo Mello, Thiago Alves, entre outros ex-tenistas de renome no cenário nacional.

- O nosso sócio vai de 10 a 80 anos. Eu não sabia onde ia chegar, as coisas aqui foram conseguidas aos poucos. Nós primeiro transformamos as quatro quadras de tenis fast em base asfáltica e construimos algumas de saibro. E ali, com oito quadras, eu já estava satisfeito, dando uma boa condição para o associado participar. A única certeza que eu tinha era que precisava melhorar a estrutura do clube. Hoje temos um complexo capaz de receber qualquer evento internacional, inclusive - ressaltou o dirigente, destacando que a própria Organização Mundial de Saúde, ainda na década de 1990, já condenava o uso de quadras de tenis fast (feitas de pequenas pedras) por serem muito duras e, portanto, gerar muitas lesões, especialmente de articulações.

Impressiona ainda a estrutura das quatro quadras cobertas nos últimos anos, que possui sistema especial de ventilação e permite a entrada de luz natural por meio de algumas telhas transparentes, mas que não atrapalham os jogadores quando há sol forte do meio do dia, por exemplo. De fato, uma estrutura mais que convidativa para os apaixonados pela raquete e a bolinha no Distrito Federal.

Quatro das 13 quadras do complexo são cobertas, com sistemas de ventilação e iluminação especiais. Quatro das 13 quadras do complexo são cobertas, com sistemas de ventilação e iluminação especiais.

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