A bem sucedida carreira de Thomaz Bellucci teve fim na noite desta quarta-feira no saibro do Jockey Club. Convidado para o ATP 500 do Rio na condição de mero 915º do ranking, ele foi superado pelo argentino Sebastian Baez, 35º, por 6/3 e 6/2, em 1h35 de confronto.

Ao fim da partida, o argentino fez um grande gesto. Sebastian pediu para Thomaz assinar a câmera após o jogo. Confira:

Obrigado por tudo, Thomaz ????

Competing in his final ATP tournament at age 35, Thomaz Bellucci goes down to Sebastian Baez 6-3 6-2 at the #RioOpen ???????? pic.twitter.com/8aVovv1XGT

— Tennis TV (@TennisTV) February 22, 2023

Aplaudido de pé pelo público que encheu a quadra Guga Kuerten, no Jockey Club Brasileiro, o segundo melhor jogador na história do tênis masculino brasileiro recebeu uma placa como reconhecimento por sua carreira das mãos de Ricardo Acioly, diretor de Relações do torneio.

Participaram da cerimônia seus pais, Ildebrando e Maria Regina, sua irmã Beatriz, suas sobrinhas, os ex-treinadores Leonardo Azevedo e João Zwetsch, o duplista Marcelo Melo e o ex-jogador André Sá. O Rio Open fez um vídeo com grandes momentos de Bellucci em quadra e depoimentos de jogadores, ex-jogadores, familiares e amigos, entre eles Gustavo Kuerten e Bia Haddad Maia.

Bellucci se emocionou e chorou ao falar sobre a homenagem. “Sou um grande privilegiado de representar o Brasil, de receber o carinho da torcida por tantos anos. Tudo o que eu vivi no tênis, chegar onde eu nem esperava chegar, eu devo as pessoas que fizeram parte dessa trajetória, treinadores, amigos, não conquistei nada sozinho. Também agradeço meus pais que abriram mão de muita coisa para eu jogar”, disse o paulista.

Na coletiva de imprensa, Bellucci contou sobre a experiência:

“A gente nunca sabe como vai ser, as emoções e os sentimentos que vão surgindo. Foi legal ter esse ultimo contato com a torcida e receber as mensagens da família, amigos e treinadores que estiveram tanto tempo comigo no circuito. Passa um filme de todo esse tempo, você percebe que todos esses momentos que passei em quadra foram especiais, mas era momento certo de fazer uma outra coisa da minha vida e saio satisfeito do que conquistei no tênis”, disse o agora ex-tenista.

“Sempre tive muita expectativa em cima de mim, diferente de outros países como Argentina, Estados Unidos e Espanha, que têm muitos jogadores entre os top 100, no Brasil era sempre eu e às vezes outro jogador que aparecia. Era um peso grande. Em muitos momentos foi difícil, era muita responsabilidade, mas acho que aprendi a lidar, e sinto que consegui retribuir”, finalizou.