Zebra anda solta no primeiro dia em Nova York

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Por Raphael Favilla  •  30 de Agosto de 2022

Ano após ano, os Grand Slams reservam resultados improváveis nas primeiras rodadas. Com o US Open deste ano não foi diferente.

Stefanos Tsitsipas, número cinco do mundo e um dos principais favoritos ao título, foi eliminado logo na estreia em Nova York. Nesta segunda (29),  o grego de 24 anos, que recentemente foi finalista do ATP Masters 1000 de Cincinnati, estava completamente irreconhecível em quadra.

Tsitsipas disparou dezenas de erros não-forçados, e acabou sendo derrotado de forma inapelável pelo colombiano Daniel Galán, 94º ATP, e vindo da fase de qualificação, por 6/0, 6/1, 3/6 e 6/4, em 2h43 de confronto.

Para se ter uma ideia, o primeiro game de Tsitsipas no duelo foi ganho quando já perdia por inacreditáveis 6/0 e 5/0. Galán nunca havia derrotado um tenista do top 20, quanto mais… um top 5. Incrível!

Galan agora desafia o australiano Jordan Thompson, 102º do ranking, que venceu o italiano Lorenzo Sonego por 2/6, 1/6, 6/2, 6/4 e 6/4. O único duelo anterior entre eles aconteceu no saibro de Houston, em 2019, e o colombiano venceu em três sets.

Já Tsitsipas adiou o sonho de conquistar seu primeiro Grand Slam. O grego fez sua quinta aparição na chave principal do US Open e segue sem nunca ter passado da terceira rodada. Durante a partida desta segunda-feira, ele precisou de atendimento do fisioterapeuta no cotovelo ainda durante o segundo set, e recebeu o tratamento durante várias viradas de lado.

Anfitrião também se despede na estreia

Outro tenista vindo do quali a se destacar em Nova York foi o norte-americano Brandon Holt, que disputa seu primeiro Grand Slam aos 24 anos. O atual 303º do ranking eliminou o número 12 do mundo Taylor Fritz, com parciais de 6/7 (3-7), 7/6 (7-1), 6/3 e 6/4. Campeão do Masters 1000 de Indian Wells, Fritz era o principal nome do tênis norte-americano na chave masculina, mas nunca passou da terceira rodada em Nova York.

Holt é filho da ex-número 1 do mundo Tracy Austin, bicampeã do US Open em 1979 e 1981 e integrante do Hall da Fama do Tênis Mundial. Austin é até hoje a campeã mais jovem da história do torneio, tendo conquistado seu primeiro título de Grand Slam aos 16 anos. O tenista norte-americano já disputou alguns torneios no Brasil quando era juvenil. Seu próximo rival será o vencedor entre o esloveno Aljaz Bedene e o argentino Pedro Cachin.

Campeões também dão adeus

O retorno ao US Open foi breve para o austríaco Dominic Thiem e o suíço Stan Wawrinka, dois campeões em Flushing Meadows que lutam para recuperar a melhor forma física e técnica.

Vencedor em 2020, seu último resultado de peso no circuito, Thiem sequer voltou no ano passado para defender o título devido a problemas físicos. Recebeu convite e ainda não deu muita sorte, tendo como primeiro adversário o sempre consistente Pablo Carreño, cabeça 12 que vem do título em Cincinnati.

Thiem endureceu o primeiro set e chegou a estender a partida, mas foi superado com as parciais de 7/5, 6/1, 5/7 e 6/3. O espanhol, que já foi duas vezes semifinalista do torneio, aguarda Alexander Bublik ou Hugo Gaston. 

Wawrinka por sua vez usou o critério de 'ranking protegido' e fez dois bons sets diante do francês Corentin Moutet, derrotado no qualificatório que entrou de última hora. Mas o campeão de 2016, que não competiu em Nova York nos dois últimos anos, passou a sentir desconforto na coxa e desistiu depois que o canhoto francês abriu 6/4 e 7/6 (9-7). Moutet espera Botic van de Zandschulp ou Tomas Machac.



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