Bellucci decide confronto e coloca Brasil nos playoffs da Davis

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Por Raphael Favilla  •  18 de Julho de 2016

O Brasil está de volta aos playoffs do Grupo Mundial da Copa Davis. Neste domingo, Thomaz Bellucci, 49º do mundo, garantiu o terceiro e decisivo ponto contra o Equador, ao vencer Emilio Gomez (317º), por 7-6(13-11), 6-7(6-8), 6-2 e 7-5, após 3h22 de partida. Disputado na Arena Minas Tênis Clube em Belo Horizonte,  o confronto pelo Zonal Americano I da Copa Davis terminou 3 a 1 para os brasileiros.

Esse é o sexta triunfo do Brasil contra o Equador em Davis, em nove confrontos. Foi também a 19ª vitória de Bellucci, que também bateu Quiroz na sexta-feira, no torneio entre nações. O nº 1 do país já disputou 17 confrontos pelo Brasil na competição e segue agora rumo ao ATP 250 de Gstaad, na Suíça, onde já conquistou dois títulos.

“A sensação é de dever cumprido. O mais importante seria a nossa vitória e fizemos nosso papel bem feito. Estou feliz de ter conseguido meus dois pontos. Toda a equipe deu 100% e saímos de cabeça erguida, fortalecidos e mais unidos desse confronto. É sempre muito bom jogar com a torcida, casa cheia, todo mundo torcendo para mim, uma atmosfera incrível dentro de quadra”, afirmou Bellucci.

Nos playoffs, que acontecem em setembro, o Brasil poderá enfrentar qualquer um dos oito países que foram eliminados nas oitavas de final do Grupo Mundial deste ano. São eles: Alemanha, Austrália, Bélgica, Canadá, Cazaquistão, Japão, Polônia e Suíça. O sorteio acontece no dia 20/7, em Londres. Os outros países garantidos nos playoffs são Eslováquia, Rússia, Índia, Ucrânia, Uzbequistão, Polônia e Chile. A equipe brasileira terá, assim, mais uma chance de retornar à primeira divisão do tênis mundial, lugar que ocupou por apenas duas temporadas nos últimos 13 anos.

Balanço da Davis

Apertado, difícil, nervoso. Quem imaginou que o confronto contra o Equador seria decidido em partidas tão equilibradas como foi? Talvez nem os próprios equatorianos. A verdade é que os oponentes jogaram acima do esperado, buscando um jogo mais agressivo que os brasileiros. Se adaptaram perfeitamente ao piso e usaram bem o saque.

O triunfo sobre os adversários veio com um pequeno susto logo na abertura do confronto. Rogerinho, 90º do mundo, foi derrotado por Emilio Gómez por 3 sets a 1, com direito a pneu. O jogo terminou com parciais de 4-6, 7-5, 6-0 e 6-4 para o equatoriano. A boa fase de Rogério, vale lembrar, foi conquistada  sobre o saibro, onde vinha disputando torneios desde abril.

"Nós sabíamos que o Brasil joga melhor nas quadras de saibro do que no cimento. É claro que escolheram o piso por causa da Olimpíada, mas nos deu mais chances de equilibrar o jogo. É onde eu cresci, treinava em quadras de cimento, então sabia que poderia jogar bem. Essa provavelmente foi a maior vitória da minha carreira. Se não me engano é a primeira vez que venço um top 100, então é muito importante", celebrou o tenista equatoriano Emilio Gomez depois de bater Rogerinho.

Ainda assim, precisaria que muita coisa desse errado para que o Brasil perdesse para o Equador. E, mesmo com um sobressalto aqui e outro ali, a equipe da casa venceu os três pontos seguintes. Thomaz Bellucci, que não foi espetacular nem na sexta nem no domingo, primeiro bateu Roberto Quiroz, número 396 do ranking, por 7-5, 7-6(7-3), 3-6 e 6-3. Depois, fechou o confronto neste domingo contra Gomez.

“Com o Rogerinho, ele [Gomez] já tinha demonstrado que a direita paralela é uma arma dele. Acredito que, por causa do cansaço, ele tenha começado a arriscar um pouco mais no quarto set, jogar pontos mais rápidos. Ele fez um grande jogo, acredito que todos ficaram surpresos com o nível de tênis apresentado pelo Emílio”, afirmou Thomaz após fechar o confronto.

No sábado, Bruno Soares e Marcelo Melo até perderam o primeiro set, no tie-break, mas confirmaram o favoritismo: 6-7(4-7), 6-3, 6-3 e 6-2.

“Eles entraram sem muita responsabilidade, sem muito a perder. Os equatorianos são muito mais franco-atiradores do que a gente. A responsabilidade está toda na nossa dupla, e eles usaram isso no primeiro set, quando sacaram muito bem. Mas acho que (a derrota no set) foi mais por que demoramos a acertar a mão do que por mérito deles”, analisou Bruno.

 

 

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