Cala a boca e joga!

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Por Sylvio Bastos  •  16 de Julho de 2019
Essa frase pode parecer grosseira e mal educada, mas em certos momentos dentro de uma quadra, ela é muito útil e também necessária!

Quem assistiu a final de Wimbledon no último domingo, pode perceber a absurda diferença em todas as estatísticas do jogo. Federer foi bem superior em quase todos os números: games 36/32, pontos 228/224, winners 94/54, aces 25/10, primeiro saque 79/74, segundo saque 51/44. Mas nos três tiebreaks, Djokovic foi simplesmente perfeito, fazendo toda a diferença. Com os placares de 7/5, 7/4 e 7/3, foram 21 pontos ganhos e apenas 12 perdidos e, o principal, nenhum “erro não forçado”, enquanto Federer teve 11 erros ou mais de 50% dos pontos ganhos por Djokovic.

Depois de entender melhor esses números, fiquei me perguntando o que poderia ter originado essa enorme diferença nos números do tiebreak, o primeiro pensamento que me veio a cabeça foi exatamente essa frase que dá título ao post: “Cala a boca e joga”. Nunca tinha visto até domingo, Djokovic tão calado, tão quieto, tão focado e concentrado. Em nenhum momento, durante as quase cinco horas de jogo, Djokovic mudou sua atitude ou perdeu seu controle, não se abateu nos momentos complicados e nem mesmo comemorou quando fechou o jogo. 

Não tem como saber se essa vai ser a sua postura dentro da quadra daqui para frente, mas seguramente esse título vai ser um bom motivo para refletir sobre falar menos e jogar mais!


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