Calderano se despede de Tóquio com a melhor participação brasileira em Olímpiadas

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Por Nittenis News  •  28 de Julho de 2021

Não deu desta vez. O carioca Hugo Calderano, primeiro latino-americano a disputar as quartas de final do torneio individual de tênis de mesa dos Jogos Olímpicos, foi superado nesta quarta-feira (28), pelo alemão Dimitrij Ovtcharov, de virada, por 4 a 2 (11/7, 11/5, 8/11, 7/11, 8/11 e 2/11), no Ginásio Metropolitano de Tóquio. Ele ainda disputa o torneio de equipes, a partir do dia 1°, ao lado de Gustavo Tsuboi e Vitor Ishiy, onde o Brasil também vai brigar por medalhas.

Calderano começou muito bem a partida. Sacando muito bem, confirmou quase todos os serviços. Além disso, atacou com maestria, fiel ao seu estilo ofensivo, garantindo uma boa vantagem no set e fechando com certa tranquilidade.

No segundo set, novamente o brasileiro começou confirmando os serviços e recepcionando bem, o que proporcionava a ele conseguir contra-atacar com eficiência. Abriu larga vantagem e chegou a estar vencendo por 6 a 2. Depois, seguiu administrando a dianteira, com 11 a 5 no final.

E o brasileiro seguia em ritmo alucinante. Os golpes desconcertavam o experiente alemão, impondo seu jogo, além de ótima recepção. Com isso, o técnico alemão Jorg Rosskopf pediu tempo, para tentar frear Calderano. Ovtcharov reagiu e foi a vez de Jean-René Mounié pedir tempo, mas o alemão seguiu sua sequência, finalizando sete pontos consecutivos e conseguindo vencer por 11 a 8.

Ovtcharov seguiu dominando a mesa no início da quarta parcial. Esteve com 6 a 1 no placar e administrou bem até o final, fechando em 11 a 7, após um erro de devolução de Hugo Calderano. Jogo empatado em 2 a 2.

Calderano voltou a dominar a mesa na quinta parcial. Jogando em altíssimo nível e errando menos, abriu 7 a 1 no placar. Mas permitiu a nova reação do alemão e acabou superado por 11 a 8. Com isso, precisava vencer os dois sets seguintes para se manter vivo no confronto. Pressionado, errou mais que o habitual contra um alemão extremamente confiante e acabou eliminado.

“Ele começou a jogar melhor e não consegui manter o que eu fiz nos primeiros sets. Num jogo desse nível, é importante manter a regularidade até o final. Me esforcei bastante para voltar quando perdi o terceiro set e quando liderei o quinto. Não foi desta vez. A parte mental é fundamental na Olimpíada, acho que eu estava preparado, fiz o que eu podia, estava num alto nível na parte mental. Mas, dessa vez ele foi um pouco mais forte“, reconheceu o atleta, que estava bastante abatido na zona mista, após o jogo:

“É difícil descrever, é muita dor perder um jogo assim numa Olimpíada. Tive bastante oportunidades. É difícil assimilar. Depois vou ter que pensar com cabeça fria, mas tenho certeza de que vou voltar mais forte. Essa experiência só vai me fortalecer. Vou continuar lutando”.


Por Nelson Ayres (Fato&Ação) – Assessoria de Imprensa CBTM

Foto: Breno Barros/Rede do Esporte

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