Finalista em simples, Verdasco é campeão em duplas

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Por Raphael Favilla  •  25 de Fevereiro de 2018

A estada no Rio está sendo perfeita para Fernando Verdasco. Depois de vencer Fabio Fognini e chegar à final da chave de simples do ATP 500 carioca, o espanhol atuou na decisão de duplas ao lado de seu compatriota David Marrero e conquistou o título da competição.

Curiosamente, Marrero e Verdasco foram derrotados na única partida de qualifying do Rio Open, mas acabaram entrando como "lucky losers" por conta da desistência de Pablo Carreño Busta antes do início da chave. Na campanha, eles venceram dois brasileiros: Marcelo Demoliner, que jogou com Gael Monfils na primeira fase, e Bruno Soares, que esteve com seu parceiro Jamie Murray na semifinal.

Mesmo com o peso de uma jornada dupla, Verdasco acredita que o título aumentará sua confiança para a decisão. "Foram duas partidas muito duras e com muita tensão, mas o saldo é bastante positivo, pois venci ambas e com isso espero levar toda essa confiança para a final de simples amanhã. Espero estar bem fisicamente e dar tudo na última partida da semana", observou o espanhol.

O histórico entre os finalistas do Rio Open aponta vantagem para o argentino, que levou a melhor no solitário encontro, dois anos atrás, no saibro de Nice. "É um jogador que conheço bem e ele também a mim. Treinamos juntos em Buenos Aires antes do torneio lá começar. Espero que eu esteja em um dia bom e positivo", comentou o atual 40 do mundo, mas que já foi top 10.

Os jogos

Verdasco bateu Fabio Fognini em sets diretos, com parciais de 6/1 e 7/5. Com a campanha desta semana na chave simples o espanhol ganhará 13 colocações no ranking saindo do 40º posto para o 27º. Em caso de vitória na final, ele alcançará a 24ª colocação, a melhor que o ex-número 7 do mundo irá ocupar desde março de 2017.

O primeiro set começou com Fognini jogando bem aquém do que consegue e por isso o domínio foi todo de Verdasco, que chegou a anotar duas quebras seguidas e sacou em 3/0 para ampliar a vantagem. O italiano então conseguiu devolver um dos breaks de desvantagem, mas depois não venceu mais um sequer, perdeu o saque mais duas vezes e assim a parcial.

A história do segundo set foi completamente diferente e a disputa foi bem mais equilibrada. Fognini foi desta vez o primeiro a ter break-points, mas perdeu os três que teve no quinto game. Os sacadores foram prevalecendo até que o italiano entrou com 5/6 nos serviços, cedeu uma chance de quebra para Verdasco, que não a deixou escapar e selou sua vitória.

Menos de uma hora depois de conquistar a vaga na final de simples, o espanhol Fernando Verdasco fez jornada dupla neste sábado para garantir seu primeiro título do Rio Open. Ao lado do compatriota David Marrero venceu o croata Nikola Mektic e o austríaco Alexander Peya de virada, com parciais de 5/7, 7/5 e 10-8. A dupla espanhola recebeu premiação de R$ 359 mil e vai somar 500 pontos no ranking.

Assim como na vitória sobre o brasileiro Bruno Soares e o britânico Jamie Murray, na semifinal, Verdasco entrou embalado pelo resultado nas simples. Depois de vencer o italiano Fabio Fognini, o espanhol descansou por 45 minutos e retornou à quadra Guga Kuerten. Os espanhóis tinham vencido Mektic e Peya na semana passada em Buenos Aires, na primeira rodada do torneio, mas encontraram mais dificuldades no Rio. Peya e Mektic venceram o primeiro set, e tinham vantagem de 4 a 1 no segundo. Os espanhóis continuaram acreditando e buscaram o empate. No match-tiebreak, Verdasco brilhou e fez a diferença na conquista do troféu.

Verdasco e Marrero já tinham outros seis títulos juntos, incluindo o ATP Finals de 2013. Foi a primeira vez que eles venceram no Rio, e o troféu é o terceiro da dupla de um torneio nível 500 - já levaram Acapulco e Hamburgo. Marrero foi vice-campeão no Rio em duas oportunidades - 2014, com o brasileiro Marcelo Melo, e 2016, com o espanhol Pablo Carreño Busta.

Animado com o título, e a cada dia mostrando grande simpatia pelo Brasil, Verdasco quer encerrar a semana com mais um troféu. "Espero vencer amanhã para ter a melhor recordação possível do Rio. Me identifico muito com o Brasil, tenho muitos amigos aqui que me dizem que tenho sangue brasileiro", disse o jogador de 34 anos.

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