Principal tenista italiano da última década, antes do surgimento de Berrettini, Sinner, e outros talentos da nova geração, Fabio Fognini está com os dias contados no circuito.

Campeão do challenger espanhol de Valência no último domingo, Fognini deu um salto no ranking e foi para o 107º posto. Mas o ex-top 10 precisaria ainda de uma boa campanha no challenger desta semana em Maia, para buscar seu objetivo final: a volta ao 100 primeiros e principalmente a vaga direta no Australian Open.

Mas, aos 36 anos, o italiano acusou uma lesão depois da estreia em Portugal, após vencer uma batalha de 2h30 diante do alemão Tom Gentzsch, e sequer entrou em quadra nas oitavas de final para enfrentar o francês Matteo Martineau.

Arrasado, Fabio publicou um desabafo em sua conta no Instagram em que indica que está prestes a se aposentar e talvez sequer dispute a próxima temporada.

“Amigos… que azar! Definitivamente não é o final que eu queria ou merecia”, escreveu. “O objetivo estava muito próximo e pela forma como ele estava jogando achei que ele iria alcançá-lo. Esporte é assim… às vezes você dá, às vezes você recebe…”, lamentou, referindo-se à vaga no Aberto da Austrália.

“Mas, apesar de tudo, tenho orgulho de ter provado para mim mesmo que consegui superar momentos difíceis com luta, sacrifício e amor por esse esporte. Tive que me comprometer comigo mesmo, na minha idade e depois de toda a carreira que tive, e isso não foi fácil”, lembrou Fognini, que já teve o tendão dos dois pés operado.

“Ninguém pode tirar tudo o que fiz, e fiz isso com lealdade, transparência, sacrifício e, acima de tudo, tudo, com sinceridade, que no meu vocabulário é algo muito mais valioso do que uma partida de tênis, ganhe ou perca. Até breve, amo todos vocês”, finalizou.

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