Pela segunda vez em sua carreira, o mineiro Marcelo Melo vai decidir o Masters 1000 de Monte Carlo. Jogando ao lado do alemão Alexander Zverev, o veterano brasileiro de 40 anos garantiu a vaga na grande final após um jogo altamente equilibrado contra a dupla formada pelo salvadorenho Marcelo Arévalo e pelo croata Mate Pavic, conquistando a vitória de virada com parciais de 6/7 (3-7), 7/5 e 10-7 em uma batalha de 1h55.

Essa classificação marca o retorno de Melo às finais de nível 1000 após quase cinco anos. Sua última participação em uma final desse calibre ocorreu em Xangai, em 2019, quando acabou derrotado ao lado do polonês Lukasz Kubot pela dupla formada pelo próprio Mate Pavic e pelo mineiro Bruno Soares.

Com um impressionante histórico de 37 títulos no circuito, Marcelo Melo agora disputará sua 73ª final na carreira e a 16ª em Masters 1000, tendo conquistado nove troféus em eventos deste porte. A última vez que ergueu o troféu em um Masters 1000 foi em Xangai, em 2018, ao lado de Kubot. Desde então, seu último título foi o ATP 500 de Halle, no ano passado, junto com o australiano John Peers.

Ex-número 1 do mundo, Melo atualmente ocupa o 49º lugar no ranking da ATP e deve subir para a 34ª posição, recuperando o posto de melhor duplista do Brasil, já que o gaúcho Rafael Matos permanecerá em 45º lugar. No entanto, mesmo se conquistar o título, Marcelo não poderá subir mais do que isso na próxima semana.

Por sua vez, Zverev disputará sua primeira final de Masters nas duplas e a oitava no geral. Apesar de ter sido campeão em Montpellier em 2017 e em Acapulco em 2019 ao lado de seu irmão Mischa, o alemão, que completará 27 anos no próximo sábado, possui outras cinco finais no currículo, todas em parceria com membros de sua família. Atualmente ocupando o 168º lugar no ranking de duplas, ele já chegou a ocupar a 68ª posição há cinco anos.

Na final deste domingo, que está marcada para as 7h00 (horário de Brasília), Melo e Zverev enfrentarão os belgas Sander Gille e Joran Vliegen, que derrotaram o espanhol Marcel Granollers e o argentino Horacio Zeballos, cabeças de chave número 3 do torneio, por 7/5 e 6/4. Gille e Vliegen, que atualmente dividem a 29ª posição do ranking, possuem cinco títulos e outras sete finais disputadas juntos no circuito, e esta será a primeira vez que disputarão uma final de Masters 1000.