Disputado nesta semana, o torneio de Washington, classificado como um evento 500 tanto na ATP quanto na WTA, gerou polêmica devido à diferença de premiações entre as chaves masculina e feminina. Enquanto o campeão no masculino receberá US$ 353.445, a campeã no feminino receberá apenas US$ 120.105, ou seja, três vezes menos.

O britânico Andy Murray, conhecido por ser um defensor da igualdade de gênero no circuito, expressou seu desapontamento com a disparidade na distribuição de premiação. "Sou totalmente a favor de prêmios iguais em dinheiro e acho ótimo que muitos torneios do circuito tenham feito isso, acho muito positivo. Mas essa igualdade é difícil de ser completamente verdadeira até que o ATP e o WTA trabalhem juntos", observou o ex-número 1.

Murray destacou a importância da colaboração entre a ATP e a WTA para evitar situações como a de Washington. "Sempre achei que, quando competimos no mesmo torneio, nas mesmas quadras, devemos jogar pelo mesmo prêmio em dinheiro. Mas acho que para o tênis ser verdadeiramente igual, WTA e ATP deveriam trabalhar juntos como um só", comentou o britânico.

No entanto, ele reconhece que alcançar essa igualdade pode não ser uma tarefa simples no momento, uma vez que cada circuito tem patrocinadores diferentes, acordos de televisão distintos e outras questões envolvidas. "Há algumas coisas que ainda têm que mudar, mas sinto que as coisas estão no bom caminho, como o torneio de Washington sendo categoria 500 em ambos os circuitos, mas sim, ainda podia ser melhor", complementou Murray.