O Miami Open 2024 chegou ao fim no último final de semana consagrando Jannik Sinner o grande campeão da chave masculina. O italiano de 22 anos bateu o búlgaro Grigor Dimitrov, de 32, por dois sets a zero, parciais 6/3 e 6/1, em apenas 1h12 de partida. Este foi o 13º título do agora número dois do mundo na carreira.

No feminino, Danielle Collins venceu a cazaque Elena Rybakina no sábado e foi a campeã do evento.

Quem acompanhou de perto as finais foi o mineiro Bruno Soares. Recém-aposentado das quadras, ele contou para a repórter Ariana Brunello um pouco do que anda fazendo após deixar o circuito profissional. E revelou uma nova paixão. Confira!

ARIANA — Eu estava andando aqui pelo complexo do Miami Open, e olha só quem eu encontro. Bruno Soares. Mas dessa vez ele não está na chave principal...

BRUNO — Eu tô do outro lado agora, é diferente

O que você está aprontando aqui no Miami Open? Conta pra gente.

Um trabalho muito especial. A gente desde janeiro está dando uma consultoria para o Itaú na plataforma de tênis. Estamos ajudando eles, dando um overview geral. O tênis é um esporte super importante para o banco, vide o Miami Open e o sucesso que esse torneio é.

Mas não só isso. Eles estão realmente querendo transformar a modalidade, então o impacto é muito grande no tênis brasileiro de uma forma geral. A gente tá super honrado com esse convite, estamos aqui trabalhando bastante com o que a gente ama.

É aquilo, né? Você deixa o tênis, mas o tênis não deixa você.

Não tem como, né? Se desligar. Não tem jeito.

Como é que foi, o que pesou mais pra você se retirar do circuito, mas obviamente continuar seguindo essa paixão?

Pois é, não dá pra jogar o circuito pra sempre. Uma hora esse dia ia chegar. Joguei até os 40 anos, 22 anos de carreira. Super feliz agora também com o pós-carreira. Eu já fazia um monte de coisa paralelamente ao circuito. Investimentos, que não tinham nada a ver com tênis, mas já fazia.

E também tocando projetos envolvidos com o tênis também. Não tem como, não tem como, o tênis é o nosso DNA. O esporte que a gente ama, o tênis é o lugar que me deu quase tudo o que eu tenho, então não tem como sair desse esporte. Espero continuar muito, muito tempo envolvido ainda no esporte. Envolvido na coisa que a gente gosta, que é ajudar a realmente transformar e impactar essa modalidade.

E diferentemente da maioria dos tenistas que saem do tênis e vão pro golfe, você tá indo pro snowboard. Como é essa paixão com um esporte na neve? Conta pra gente.

Essa paixão vem de muito tempo. Comecei aos 12 anos. E bom, agora que eu aposentei no tênis, posso fazer com um pouco mais de tranquilidade. Hoje, se eu me machucar, não tem um impacto tão grande na minha vida profissional. Antes eu tinha que ter muito cuidado.

Mas eu sou um grande apaixonado por esporte, esporte com a natureza. E o snowboard é um deles. Eu amo aquilo ali, é um momento de mega liberdade pra mim. É uma sensação que só quem faz sabe descrever. Então espero aguentar andar até meus 90 anos de idade, e praticar esportes até o fim.

Foto: @daniellesampaulo