Thomaz Koch: a lenda dos feitos desconhecidos

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Por David Mijalchik  •  21 de Fevereiro de 2019
Nas décadas de 60 e 70, dois brasileiros marcaram época no tênis mundial: Maria Esther Bueno e Thomaz Koch. A "Bailarina", que sempre era vista pelo Jockey Club durante o Rio Open, faleceu em junho do ano passado, deixando saudades aos frequentadores do torneio carioca.

Em entrevista exclusiva ao Nittenis, Koch falou sobre a 19 vezes campeã de Grand Slam - sete vezes em simples, 12 em duplas femininas e uma em mistas. Ele considera que as conquistas de Maria Esther foram "pouco conhecidas e valorizadas".

"Ninguém sabia dos feitos até ela falecer. Só depois disso o pessoal se tocou sobre os mais de 500 títulos e a quantidade de Grand Slams que ela venceu", disse sobre a maior tenista brasileira da história, homenageada nesta edição do Rio Open.

Thomaz Koch foi 24º do ranking mundial, fez quartas de final em Roland Garros, Wimbledon e US Open. Além disso, foi campeão do Grand Slam francês em 1975, nas duplas mistas, e é considerado por muitos o melhor tenista brasileiro depois de Guga.

Entretanto, o gaúcho acredita que, apesar do carinho que recebe dos fãs, eles tampouco tem noção da grandiosidade de seus feitos: "O pessoal não sabe o que eu joguei e ganhei. Na época não tinha televisão, internet, nada disso. O acesso à informação era difícil".

"Se perguntar para os tenistas o que eu fiz, ninguém sabe. Só quem acompanhava naquela época", falou ao Nittenis.

Koch é o comentarista do Sportv no Rio Open. Posição que, até ano passado, era ocupada por outra lenda do tênis: Maria Esther Bueno.

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