Transition Tour, bom para quem?

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Por Sylvio Bastos  •  18 de Fevereiro de 2019
Quando a ITF anunciou fazer todas as mudanças na Copa Davis, muita gente achou que nada pior que isso pudesse acontecer com o tênis. Quem pensou dessa forma, se enganou profundamente. As medidas anunciadas pela mesma ITF no final de 2018, que tinham como objetivo organizar melhor o ranking e o calendário de Futures e Challengers, conseguiram transformar o Circuito de 2019 em um descontentamento generalizado.

No final de 2018, participei de um encontro onde o Transition Tour foi apresentado, em um primeiro momento, nenhum dos jogadores presentes pareceu gostar gostar da ideia,  já agora todos parecem revoltados com as mudanças.

Segundo a ITF, o objetivo era diminuir a quantidade de jogadores no ranking da ATP, só deixando aqueles que realmente estivessem competindo com chances reais de evolução e crescimento. Além disso, eliminariam também os jogadores envolvidos com “vendas de resultados” e fortaleceriam o ranking Junior, já que esses teriam suas vagas garantidas nas listas de entrada dos torneios.

Com quase dois meses de circuito em 2019, acho que já é possível ter uma opinião sobre tudo isso que está acontecendo, o certo é que toda a teoria da ITF na prática não está funcionando para nenhum jogador. Além de tudo isso já descrito, dois outros pontos me incomodaram bastante: a entrada nas chaves de duplas, seria feita pelo ranking de simples dos jogadores, acabando assim com o “Duplista” e, também a situação do jogador que optou pelo tênis universitário, já que depois de formado ele vai ter grandes dificuldades para entrar no circuito profissional. 

Hoje já existem vários movimentos, com claras intenções de se reverter essas medidas. Sinceramente espero que consigam pelo menos alguns ajustes, pois se a ITF for irredutível nas suas posições, não consigo imaginar como seria o futuro do tênis nos próximos anos!


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