Depois de duas longas semanas, termina mais um US Open, seguramente o Grand Slam mais “elétrico” de todos, como afirmou Medvedev mais de uma vez. Para quem não conhece Nova York, o torneio é jogado no Corona Park-Flushing Meadows em Queens, bem próximo do La Guardia Airport. Saindo da ilha de Manhattan, são 60 minutos de metrô pela linha 7, saltando no ponto final, dentro do complexo.

Na chave feminina, bem poucos resultados inesperados já que entre as oito das quartas, todas estavam entre as cabeças de chave. Taylor Towsend que perdeu na rodada anterior, surpreendeu ao vencer Simona Halep, subindo mais de cem vezes a rede. Já na final um jogo de duas gerações, pois quando Bianca Andreescu nasceu, em 2000, Serena Willians já tinha ganho o US Open de 1999. Mas nada disso fez muito diferença na hora do jogo, Andreescu foi muito firme e segura durante todo o tempo, como ela mesma disse: “me preparei a vida toda para esse jogo”. Mesmo tendo tido um pouco de dificuldade no final do segundo set, a diferença foi muito grande, o equilíbrio só aconteceu por pequenos detalhes, mas rapidamente a canadense se recuperou.

Na chave masculina, com a derrota de Federer para Dimitrov e a desistência de Djokovic no jogo contra Wawrincka, restaram os dois jogadores que realmente tinham condição de fazer uma final de verdade para o torneio. Medvedev foi sem dúvida o melhor jogador desse verão americano, com três finais e um título e, do outro lado Nadal, simplesmente genial.

O jogo que teve mais de 5h de duração, foi um belo contraste de como se bater na bola, de um lado a bola muito reta e plana, já do outro muito giro e controle. Costumo dizer que quando temos essas grandes diferenças de estilo, sempre vamos ter bons jogos, e foi exatamente o que aconteceu. Ao final do quinto set, duas grandes certezas, Medvedev conseguiu empolgar o público e cativar a torcida,  já Nadal está mais vivo do que nunca na busca dos 20 títulos de Grand Slam.