Ymanitu Silva disputará mais uma final de duplas em Grand Slam no tênis em cadeira de rodas. A terceria em sua carreira. Depois de dois vice-campeonatos em Roland Garros, ele agora vai tentar faturar o Australian Open. Caso conquiste o troféu, vai também quebrar uma escrita com o título de Slam, inédito para o tênis brasileiro entre os profissionais de sua modalidade.

O catarinense e o sul-africano Donald Ramphadi venceram nesta quarta-feira o norte-americano David Wagner e o britânico Andy Lapthorne, cabeças 2 do torneio, por 7/5 e 6/3. Na grande decisão enfrentam os holandeses Sam Schroder e Niels Vink, principais favoritos, que venceram o australiano Heath Davidson e o canadense Robert Shaw por duplo 6/1.

Aos 39 anos, Ymanitu faz sua quarta aparição em um Grand Slam. Ele disputou as finais de duplas em Roland Garros em 2019 e 2022, e caiu nas estreias de simples e duplas na grama de Wimbledon ano passado. Ele é o atual número 8 no ranking mundial da divisão Quad, destinada aos tenistas com deficiência em pelo menos um membro superior.

Disputando o slam australiano pela primeira vez, Ymanitu havia sido superado na estreia em simples. Atuando na Margaret Court Arena, segunda principal quadra do complexo, ele perdeu por 6/1 e 6/0 para o holandês Niels Vink, cabeça 1 do torneio e líder do ranking da divisão Quad. O catarinense foi o primeiro jogador brasileiro a disputar o Australian Open na modalidade.

No ano passado, o Brasil conseguiu seus dois primeiros títulos de Grand Slam no tênis em cadeira de rodas, com a brasiliense Jade Lanai. Ela foi campeã de simples e duplas no torneio juvenil do US Open de sua modalidade.