Matos é mais um a buscar título inédito para o Brasil no Rio

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Por Raphael Favilla  •  23 de Fevereiro de 2024

A perspectiva de um título para o tênis brasileiro na décima edição do Rio Open permanece viva com Rafael Matos. Ao lado do colombiano Nicolas Barrientos, o gaúcho assegurou um lugar na final de duplas depois de vencer na semifinal os italianos Simone Bolelli e Andrea Vavassori por 2/6, 6/3 e 10-6 em 1h36 de jogo.

Matos será mais um atleta da casa a decidir o título no Jockey Club Brasileiro, e tentar conquistar o troféu inédito para o Brasil. O país já esteve em quatro finais de duplas no Rio Open, com Marcelo Melo sendo vice na edição inaugural em 2014, ao lado do espanhol David Marrero. No ano passado, o mineiro repetiu a campanha, desta vez ao lado do colombiano Juan Sebastian Cabal e ficou em segundo novamente.

O também mineiro Bruno Soares foi vice em 2022, fazendo parceria com o britânico Jamie Murray. Houve ainda uma final com uma parceria 100% brasileira, com os paulistas Thomaz Bellucci e Rogério Dutra Silva em 2019.

Aos 28 anos, Matos, atual 58º do ranking e dono de seis títulos de ATP nas duplas, disputará sua 12ª final no circuito, a primeira nesta temporada. Além disso, ele e seu parceiro Barrientos conseguiram nesta sexta uma revanche contra Bolelli e Vavassori, que os derrotaram na semana passada em Buenos Aires.

Na outra metade da chave, os franceses Sadio Doumbia e Fabien Reboul já garantiram vaga na semifinal e aguardam os vencedores da partida que encerra a rodada desta sexta-feira, com os argentinos Maximo Gonzalez e Andres Molteni enfrentando os austríacos Alexander Erler e Lucas Miedler.

“O início foi muito abaixo, acho que a gene se colocou um pouco de pressão por já ter esses começos ruins nos últimos jogos. Falamos bastante disso e não acabou sendo uma coisa positiva, temos que ver como mudar para o próximo jogo. A gente tem trabalhado nisso, e felizmente temos a cabeça boa”, disse Matos após a partida.

“Eles estavam jogando muito bem e tiveram muito mérito, enquanto a gente só queria ficar no jogo. Comentamos depois da virada no 3/2 que uma hora poderia mudar tudo, uma quebra do nada e o jogo vira. Em dez minutos, já estava 6/3”, avaliou o duplista gaúcho. “A gente foi para o match-tiebreak super confiante. Jogamos com a energia lá em cima e melhor taticamente, dando um pouco mais de lob nas devoluções também. Isso fez eles caírem no jogo e a gente subiu”.

O jogo

O começo do jogo não foi fácil para Matos e Barrientos, que sofreram uma quebra logo no game de abertura e não conseguiram ameaçar o serviço dos italianos durante todo o primeiro set. Bolelli e Vavassori cederam apenas um game em seus serviços na parcial e conseguiram outra quebra.

No início do segundo set, os italianos conseguiram mais uma quebra e chegaram a liderar por 3/1. Foi só então que a parceria sul-americana conseguiu quebrar o serviço dos adversários pela primeira vez. Matos e Barrientos ganharam confiança, e venceram cinco games seguidos.

A decisão foi para o match-tiebreak, onde os italianos começaram na frente, liderando por 3-1, mas Matos e Barrientos conseguiram quatro pontos consecutivos. Com o apoio da torcida, sustentaram a liderança até o final e confirmaram a virada.


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